Escola municipal promove festa com música, dança, história e muita emoção

Uma celebração que reuniu alunos, professores, equipe diretiva, representantes da Secretaria de Educação e a comunidade do bairro de São Pedro, a festa em comemoração aos 50 anos do Cerom (Centro Educacional Roger Malhardes) contou com música, dança e muita emoção. Ex-alunos, professores e funcionários que já passaram pela unidade e familiares de Roger Malhardes também participaram da comemoração. Durante a festa, foi selada a cápsula do tempo da escola, registros históricos sobre a unidade que serão abertos daqui a 50 anos, em 2075.

A secretária de Educação, Carla Rabello, participou da festa e relembrou o período em que atuou como professora na escola. “O Cerom me ensinou a ser uma profissional muito melhor do que eu era antes. Aqui, eu ganhei muitos amigos, alunos que são, hoje, colegas de trabalho. Eu desejo que todos que estão aqui e, que ainda vão estar, que possam ter as memórias que eu tenho guardadas, tão boas e tão significativas! Que o Cerom comemore mais 60, 70, 80, 100 anos, Essa escola abraça todos sem distinção e isso é uma marca registrada do trabalho dessa escola!”. O secretário de Cultura, Wanderley Peres, e os vereadores Cacau Repórter e Professora Amanda também marcaram presença.

Servidora da Educação há 37 anos, a diretora do Cerom, Cíntia Castro, comentou sobre a emoção de ver a festa acontecer. “O coração está transbordando de alegria! Foram dois meses de dedicação dos professores, alunos e da comunidade escolar para que essa comemoração acontecesse Eu vivendo esse momento, pra mim, é só gratidão!”.  A neta do Roger Malhardes, Anaísa Malhardes, e a bisneta Fernanda Castro, fizeram questão de estar presentes à celebração. “A história de vovô com o bairro de São Pedro foi uma história de amor tão grande, tão grande, que ele construiu tanta coisa aqui! Ele fez obras de infraestrutura importantes para que as pessoas pudessem morar aqui! Seria inócuo ele construir a escola dele em qualquer outro lugar!”, comentou Anaísa.

Cerom: 50 anos construindo o futuro

São 50 anos ensinando com amor, acreditando no poder do conhecimento e construindo um legado que segue vivo em cada aluno, professor e família que fez parte da trajetória do Cerom. E para comemorar meio século de vida, a escola preparou uma festa com música, dança, exposições dos trabalhos dos alunos e espaços instagramáveis sobre cada década, desde 1970 até 2020.

As performances com os alunos passaram por todas as décadas de existência da unidade, promovendo uma viagem no tempo. Desde a inauguração, em 1975, com apresentação do Coral da unidade, com a música ‘Alegria, alegria’, de Caetano Veloso, e dança  ‘70`s Disco Fever, relembrando a febre disco daquela década; passando pelos anos 80 com ‘Exagerado’, de Cazuza, ‘Vivendo e aprendendo a jogar’, sucesso de Elis Regina; chegando à década de 90 embalada pelo Baile Charme, dança com um medley. Os anos 2000 foi relembrando com um remix de músicas da década e, em especial, da canção ‘É uma partida de futebol’, do Skank. A década de 2010 a 2020 foi representada nas performances de ‘Onda Onda’, sucesso de Tchakabum, ‘Vou desafiar Você’, hit do MC Sapão, e ‘Cerol na Mão’, do Bonde do Tigrão.

O evento foi encerrado com a cerimônia de fechamento da cápsula do tempo, que será aberta daqui a 50 anos, e descerramento da placa do memorial instalado na entrada da escola. “Esse projeto começou em 2023, quando, ao percebermos que a escola completaria 50 anos em 2025, pensamos: meio século de existência é algo que precisa ser marcado! A ideia da cápsula surgiu daí: deixarmos um registro histórico do Cerom de 2025 para o Cerom de 2075. Fizemos uma extensa pesquisa sobre como elaborar uma cápsula do tempo, materiais a serem usados, como foram produzidas outras cápsulas, de museus, por exemplo, entre outras etapas de idealização e produção. A execução do projeto envolveu alunos, professores, equipe diretiva e funcionários”, explicou o professor de Português, Ícaro Ribeiro, que coordenou o projeto.

A cápsula tem o resultado de 14 projetos desenvolvidos pelos alunos, por meio da interdisciplinaridade de matérias, como 100 cartas escritas por eles; um telejornal gravado pelos estudantes; recorte histórico de notícias; registro cartográfico; encarte com fotografias dos estudantes; e reservatório de sementes e amostras botânicas, mostrando a preocupação com a preservação ambiental. Os professores também contribuíram com cartas e outros materiais que fazem parte da cápsula do tempo da escola.

A festa terminou com o gostinho de que os próximos 50 anos sejam repletos de aprendizado, amizade e amor pela educação, como desde o início, em 1975.

Fotos: Jeferson Hermida