1º Colóquio sobre Educação Antirracista: Diálogos pela equidade na Alfabetização de crianças reúne mais de 500 professores

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Debatedoras enfatizam como o racismo estrutural e institucional impede que alunos negros tenham as mesmas oportunidades de aprendizagem e de desenvolvimento na escola
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O  1º Colóquio sobre Educação Antirracista: Diálogos pela equidade na Alfabetização de crianças reuniu mais de 500 professores dos Anos Iniciais da Rede Municipal de Ensino de Teresópolis, na última sexta-feira (10), no clube Comary. A mesa de debates foi composta pelas professoras Nathália Motta, Maria Clara Moreira, Carla Farias e Carla Patrícia, que discutiram os fatores preponderantes aos índices elevados de crianças pretas e pardas não alfabetizadas na idade certa, segundo dados da PNAD Contínua 2023, a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio.

 

As debatedoras evidenciaram como o racismo estrutural e institucional impedem que estudantes negros tenham as mesmas oportunidades de aprendizagem e de desenvolvimento na escola. “Para que a educação antirracista funcione, para que ela dê frutos, precisa ser coletiva. O colóquio é um primeiro passo pra que os professores entendam que eles não estão sozinhos, que a gente tem uma estrutura em rede. Para que a educação antirracista seja posta em prática é preciso que ações, como esta, deixe de ser somente um encontro, uma formação, e se transforme numa educação mais equitativa, uma educação para todos!”, enfatizou a professora Nathália Motta, uma das debatedoras.

 

A professora Maria Clara Moreira também comentou sobre a importância da mobilidade em prol da temática. “Muita alegria estarmos aqui hoje debatendo essa temática tão importante pra nossa cidade. Esse é um movimento de construção em conjunto. A  autodeclaração consciente é um movimento que deve ser lembrado  não só do mês de novembro, quando acontecem as matrículas escolares, mas é um compromisso anual. É fundamental que todos estejam engajados nessa luta antirracista!”.

 

A atividade contou com a participação da secretária de Educação, Carla Rabello, e de servidores da equipe da SME. “Precisamos enfatizar que o colóquio faz parte de uma série de ações que estamos promovendo com base nas diretrizes do PNEERQ, a Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola. Além das formações voltadas para os profissionais da Educação, lançamos a campanha de autodeclaração étnico-racial ‘Voz e identidade: pelo direito de ser quem você é’”, declarou Carla Rabello, pontuando que a autodeclaração é fundamental para reconhecer e enfrentar desigualdades. “Ao declarar sua identidade racial, o estudante contribui para a criação de políticas públicas mais justas em áreas como saúde, educação e assistência social. É um exercício de cidadania!”, finalizou a secretária.

 

Nos intervalos do evento, os cantores Estrella Marra e Marcelo Mufaza Desi animaram o público com músicas de diversos estilos que abordam as questões raciais, entre outros temas.

 

Fotos: Jorge Maravilha